quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ATA FEP 07/10/10

Presentes: Marcelo, Narciso, Verônica, Maisa, Núbia, Heloisa, Clivio, Joselita, Claudia, Élica, Jeane, Bete, Ivana, Julio, Luiza, Jorgeval, Jozimar,


Obs: Roseli, Paulinha e Isis estavam na reunião com pessoal da Info Jr


A reunião inicia-se com o playlist Verônica que nos trouxe um vídeo-documentário do cineasta Fábio Gavião .  O  curta está presente no site do Porta-curtas Petrobrás intitulado “O Pequeno e o Grande” (acesse aqui) e conta com a seguinte sinopse:


Em um morro carioca, o lúdico da cultura popular infantil vence o trágico da violência cotidiana. Mais uma reflexão audiovisual urgente do projeto Marco Universal. O morrinho é uma maquete feita de pedaços de tijolos que ocupa 300m² dentro da Favela do Pereirão, Zona Sul do Rio de Janeiro, criada há 10 anos por crianças. Neste ano o "morrinho" foi convidado a participar da Bienal de Veneza, a mais importante mostra de arte contemporânea do mundo. Pequeno/Grande revela um pouco desta trajetória. Estes meninos, criadores do morrinho anos atrás, agora são homens, suas vidas foram transformadas pela arte, o trabalho, a solidariedade e a força do grupo. A formação destes meninos, foco deste filme, é a exceção que confirma a regra.


A partir desse vídeo, inicia-se uma discussão sobre a cultura e o financiamento de instituições que patrocinam ações voltadas a cultura popular. Citam como exemplo, os pontos de cultura patrocinados pelo Estado. Outras questões mencionadas tamgem osobre o cuidado com quem constrói os projetos e  seu público alvo; O material reciclado que transforma-se em jogo e transforma vidas de pessoas que são invisíveis na sociedade, mas que, através de um projeto simples e com a arte, expõem hoje pelo mundo o que fazem em casa, a arte de todos os dias. A discussão é focada em cultura, sobre quem faz e quem promove, a classe média que investe e aque articula ações mínimas, mas, questiona-se o que acontece depois? Será que esse curso de maquete com uso de material de construção é ofertadopara todos? E estes meninos sobreviverão disso? Comenta-se sobre a  possibilidade de uma nova visualização daquilo que está socialmente fadado ao fracasso; A questão de sair do lugar em que se está para conhecê-lo melhor, a visibilidade (e valorização) que vem pelo olhar externo; A questão da auto-estima e identidade; Apostar em pluralidades; Simulacro do real; Sobre como os meios de comunicação de massa estão mais democratizados hoje além das institucionalização das profissões.


Em função do calor desta discussão e da ausência de Inez a equipe combinou  de deixar para o próximo encontro a conversa sobre disciplinarização, seguida da indicação de Roseli com o texto “Transversalidade e educação: pensando uma educação não-disiplinar”, de Silvio Gallo.

O sujeito da pesquisa - ata 23/09/10

                                                                                                    
 Presentes:
Roseli, Inez, Ivana, Geovana, Julio,Elica, Claudia,Marcelo, Tuca, Verônica, Isa, Heloisa, Fabio, Daiane

Narciso nos brindou com o playlist dedilhando no violão músicas dos memoráveis Beatles. Em seguida, iniciamos a discussão da reunião de linha sob a coordenação de Roseli abordando a temática: o sujeito da pesquisa, a partir do livro “Pós-estruturalismo e filosofia da diferença” de Michael Peters.



Algumas questões que nortearam e inquietaram as discussões:

 O que representa o sujeito hoje? Foi dissolvido ou não? Foi detonado? Onde anda? Ele morreu? Quando começou a nascer? Distinção entre sujeito ontológico e epistemológico metodologicamente; Quando é possível ter um sinal de acanhamento mesmo com a morte do sujeito, fazendo um trabalho de investigação para deixar o sujeito aparecer? Sujeito frente ao objeto; Sujeito no mundo ou sujeito esmorecido; Morte do sujeito e morte de um modelo do sujeito; Dependendo da metodologia utilizada, pode-se usá-lo ou ofuscá-lo;

O sujeito nunca partiu (Castoriadis); Trabalhar autonomia desse sujeito; O estado do sujeito hoje; O sujeito tem a ver, precisamente, com o humano? Sujeito é aquele que se domina, pois a humanização tem a ver com o animalesco, logo, fala-se de dominância, civilização, urbanidade, quando você está atrás dessa urbanidade, está atrás desse sujeito; Não se deve discutir sobre o sujeito sem atentar para realidade virtual e concreta; ele se constitui sujeito também enquanto linguagem;

 
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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Projetos Fepeanos e Ciranda de livros - ata 16/09/10

Atas feitas por Roseli e Rosane:

Rose:

Presentes: Rosane, Roseli, Paulinha, Núbia, Verônica, Jeanne, Isis, Clivio, Julio, José Domingos, Giovana, Tuca, Joselita.

Fez-se a distribuição de novos exemplares trazidos para a Ciranda.

Livros novos e empréstimos:

O livro O capitão e a sereia trazido por Veronica ficou com Giovana

O livro Anansi, o velho sábio trazido por Tuca ficou com Roseli

O Os saltimbancos trazido por Verônica ficou com Joselita

O livro O casamento da princesa Verônica ficou com Nubia

O livro Uma professora mto maluquinha trazido por Verônica ficou com Julio

O livro Atrás da porta trazido por Verônica ficou com Paulinha

O livro Dona baratinha trazido por Verônica ficou com Isis

A historia de biruta trazido por Verônica ficou com Jeane

Devoluções e novos empréstimos:

Um gato chamado gatinho devolvido por Isis trazido por Paulinha ficou com Rosane

O livro O menino que tinha rabo de cachorro devolvido por Julio trazido por Nubia ficou com José Domingos

O livro O frio pode ser quente devolvido por Julio trazido por Nubia ficou com José Domingos

A boneca de pano Rose trazido por Inez foi devolvida por Narciso e levado por Rose

Outros livros trazidos por Verônica e não emprestados:

O livro Se as coisas fossem mães trazido por Verônica ficou com

O livro Conversa de passarinhos trazido por Verônica ficou com

A historia de biruta trazido por Verônica ficou com

Se um dia eu for embora trazido por Verônica ficou com

Sete historias para sacudir o esqueleto trazido por Verônica ficou com

O guarda-chuva do vovô trazido por Verônica ficou com

O livro Anacleto trazido por Verônica ficou com

O fazedor de amanhecer trazido por Verônica ficou com

O menino maluquinho trazido por Verônica ficou com

Além do rio trazido por Verônica ficou com

Bicho que te quero livre trazido por Verônica ficou com

Bicho-papão pra gente pequena; bicho-papão pra gente grande

Pluft, o fantasminha trazido por Verônica ficou com

Memórias de um sargento de milicias trazido por Verônica ficou com

Contos de adivinhação trazido por Verônica ficou com

Possíveis temas (Rosane vai enviar com mais detalhes):

• Como lidar com os conhecimentos do cotidiano?

• Concepções de formação, experiência, práxis

• Ciência e pós-modernidade

• Qual a visão de sujeito que temos? Essa visão determina a forma como

• Formação como continuidade

• Questões metodológicas: escolhas, tratamento dos achados,

• Ensino de...

E nada mais havendo a tratar..,...

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Rosane:

FEP - Ata da reunião do dia 16 de setembro de 2010:

Presentes: Rosane Vieira, Ana Paula, Roseli Sá, Tuca Tourinho, Julio, Geovana, Ísis Ceuta, Clívio Pimentel, Joselita, José Domingos, Jeane, Verônica Rangel e Núbia Paiva.

Não houve playlist pelo fato da ausência de Bete.

Rosane, Joselita, José Domingos, Geovana e Jeanne expuseram sua pesquisa de forma aligeirada para que haja uma estimulação de temas geradores a serem discutidos no grupo. As mesmas não apresentaram no último encontro como os demais pesquisadores. Seguem as exposições de forma sintética:

Rosane – tema: a experiência fílmica como disparadora da experiência pedagógica da comunicação.
- campo: Tapiramutá e Irecê.
- como: pesquisa-ação nos GECi dos cursos em Tapiramutá e Irecê e no projeto em Tapiramutá.

Joselita – tema: o conhecimento curricular na visão dos estudantes no 3º.

Tempo da EJA.
- campo: colégio estadual que atua – estudantes do 3º. tempo.
- como: estudo exploratório e pesquisa-ação participante.

Jeanne – tema: formação de professores em contextos colaborativos:

professores inclusivos numa escola para todos.

- campo: FEP- Projeto Irecê.

- como: pesquisa-ação colaborativa/ núcleo psicopedagogia/ FPCE-UC

e FACED-UFBA.

Geovana – tema: a qualificação da experiência dos professores

alfabetizadores.

- campo: Boa Vista do Tupim/ Projeto Chapada.

- como: estudo de caso, acompanhamento ddos professores

alfabetizadores.

José Domingos – tema: formação do professor: uma contribuição para uma

melhor análise (currículo).

- campo: Ribeira do Pombal – professores do ensino ]

fundamental.

- como: estudo de caso.

Temas de discussão sugeridos:

• Práxis e poiesis

• Disciplinarização

• Sujeito de pesquisa

• Cotidianidade

• Ensino de...: aproximações epistemológicas e troca de figurinhas (discussão sobre a experiência do ensino de...)

• Saber e conhecimento

• Ciência e pós-modernidade – compreensão da contemporaneidade

• Diferença ontológica

Cronograma:

23/09 – discussão sobre sujeito da pesquisa a partir do livro “Pós-estruturalismo e filosofia da diferença” de Michael Peters (leitura obrigatória). Coordenação: Roseli.

30/09 - SIEPE

07/10 – disciplinarização. Coordenação: Inez.

14/10 -

21/10 – compreensão dos conceitos aristotélicos práxis e poiesis. Coordenação: Luísa e Rosane.

28/10 - Ciência e pós-modernidade – compreensão da/na contemporaneidade (Clívio e ...)

04/11

11/11

18/11 - literatura

25/11 - FORMMACE

26/11 - confraternização



domingo, 12 de setembro de 2010

Projetos Fepeanos - 09/09/10


Play list: Marcelo. Músicas de Tom Zé e Egberto Gismonti   (palhaço)

Roseli explicitou a pauta da reunião e fez apresentações dos participantes.

 
Inez sugeriu que as apresentações fossem por grupos de temas. Definiu-se pela apresentação por orientadores.

Fez-se a distribuição dos primeiros exemplares trazidos para a Ciranda.

O livro Rose trazido por Inez, ficou com Narciso
O livro Um gato chamado Gatinho trazido por Paulinha ficou com Isis
O livro Contos de morte morrida trazido por Isis ficou com Inez
O livro Contos de enganar a morte trazido por Núbia ficou com Bete
O livro O menino que tinha rabo de cachorro trazido por Núbia ficou com Júlio.


Os orientandos de Inez começaram a apresentação.

Marcelo – epistemologia do ensino de geografia. Considera que as publicações em geral tratam de metodologia. Quer trabalhar com os conceitos.
Vai trabalhar com professores em formação que já atuam, para saber como trabalham com problemas referentes a geografia
Como usam categorias teóricas e avaliar o entendimento dos conceitos, principalmente paisagem e espaço e a implicação desse entendimento em sala de aula.
Período década de 1980.

Narciso – a formação de professores que ensinam matemática.
Vai pesquisar nos projetos Irece e Tapiramuta, sobre questões curriculares; a montagem caleidoscópica do currículo sugere também o desenho metodológico.
Quer trabalhara relação da atividade com a rede de saberes da proposta curricular como um todo. Como formação matemática pode abraçar essa rede de saberes e como cada pessoa se vê nessa rede de saberes.
Obstáculos curriculares a partir dos obstáculos epistemológicos de Bachelard

Paulinha – ampliação da esfera da presença do ser, experiência, formação no projeto Irecê. Já concluiu o trabalho de campo; está acompanhando os professores-cursistas do projeto. Investigou as narrativas nos diários de ciclo (do Ciclo Um ao Quatro). Referenciais da Hermenêutica, etnografia, abertura à experimentação.

Clivio – o que se diz sobre ciência e conhecimento científico na prática docente. Vai abordar práticas discursivas, análise do discurso. O campo será o estágio supervisionado de ciências biológicas. Ambiência, acompanhamento do cotidiano no cotidiano.
Conceito de ambiência, ressonâncias. Maffesoli, Boaventura S Santos
Dimensão ontológica. Conceito do acontecer; contextos; autonomia.


Orientandos de Tuca

Iza – Investiga profs e estudantes, que sentidos tecem a partir da interação com o game, se visualizam possibilidade de atuação no campo pedagógico. Campo professores a graduandos de historia e áreas afins, pesquisa quali quantitativa. Participativa. Depois fez grupo focal. Fez oficinas na UNEB para quem atendeu ao convite.
Categorias: ensino de historia; jogos digitais; history games.

Jorgeval – O conhecimento dos professores de história sobre a historiografia da África. Vai trabalhar com professores do ensino médio de Salvador.
Vai fazer entrevistas e depois laboratórios, de preferência no IAT.
Conhecimento e espaço africano.

Silvana – Processo ensino aprendizagem e formação sobre o ensino de língua portuguesa para atuação na EJA. Vai trabalhar com professores de um grande colégio em Jequié, o IERP, onde atua e na sequência investigar a formação dos licenciandos da UESB. Observações sobre atividades práticas, a partir de ações do PIBID.
Referenciais o processo de ensino aprendizagem; lingüística da enunciação.


Orientandos de Roseli

Luiza – contextualiza a escolha do tema. Entrelaçamento entre o conceito de práxis, práxis pedagógica e formação de professores. Referencial da hermenêutica.
Busca os sentido de práxis do curso e no curso.
O campo é o Projeto Tapiramutá.
Hermenêutica fenomenológica, a analítica existencial em Heidegger. Praxis como constituição ontológica e não propriamente como conceito.

Julio – Invisibilidades na escola; ressonâncias no currículo da rede municipal de ensino de Irecê.
Campo, salas do ensino fundamental II na rede municipal. A partir da identificação do visível, pretende identificar elementos de invisibilidade.
Observação direta. Análise documental.
Referenciais: Currículo; a questão do ser (Heidegger, Gadamer)

Nubia – O saber da experiência como artefato de formação. Estudo de caso com grupo de professores em formação.
Referencial – práxis pedagógica; identidade; compreensão.


Temas de projetos para seleção:

Bete –.Como professores reconstroem saberes em seu processo de formação. O tema nasceu da itinerância como professora nas séries iniciais, como coordenadora e agora como docente em cursos de formação de professores em exercício da disciplina Fundamentos da ação pedagógica.
O campo será o próprio curso em que atua. Vai investigar os memoriais dos professores em exercício.
Referencia-se em Novoa, Tardif, Elizeu Souza, Gadamer, Dubar, Macedo.

Após as apresentações, decidiu-se que haverá nova discussão na próxima quinta dia 16 para definir o cronograma.

Definiu-se por meio de votação o livro para leitura coletiva e discussão no último dia: Um rio chamado tempo; uma casa chamada terra, de Mia Couto.

E nada mais havendo a tratar....

Presentes: Inez, Marcelo, Roseli, Luiza, Paulinha, Narciso, Iza, Jorgeval, Silvana, Núbia, Verônica, Elisabete, Jane, Isis, Clivio, Julio.
Justificaram ausências: Tuca, Joselita, Gilmara, Giovana, Marcea, Fabio.

Programação FEP - Reunião 02/09/10

Boa noite meu povo! Ficou definido na reunião de hoje, que as reuniões do grupo serão em horários alternados, ou seja, em uma semana será as 14:00 e na outra as 16:00. Haverá o playslist, como no semestre passado e haverá também a escolha de um livro. Nesta reunião foram sugeridos três livros* para a leitura. O quanto antes definirmos, melhor. Segue o calendário** das reuniões do grupo, neste semestre:

09/09 – PLAYLIST (MARCELO) 16:00
TEMA: CIRANDA DOS PROJETOS
16/09 – PLAYLIST (BETE) 14:00
23/09 – PLAYLIST (NARCISO) 16:00
30/09 – PLAYLIST (VERÔNICA) 14:00
07/10 – 16:00
14/10 – 14:00
21/10 – 16:00
28/10 – 14:00
04/11 – 16:00
11/11 – 14:00
18/11 – 16:00
26/11 – EXCEPCIONALMENTE NA SEXTA-FEIRA, HAVERÁ A CONFRATERNIZAÇÃO DO GRUPO. HORÁRIO SUGERIDO: APÓS O EXPEDIENTE DA FACED.HEHEHE.

*UM RIO CHAMADO TEMPO, UMA CASA CHAMADA TERRA (MIA COUTO); QUASE MEMÓRIA (CARLOS HEITOR CONY); O CLUBE DO FILME (DAVID GILMOUR, NÃO É O DO PINK FLOYD!!KKKKK)
**APENAS O PLAYLIST DE SETEMBRO FICOU DEFINIDO. OS TEMAS A SEREM DISCUTIDOS SERÃO DEFINIDOS NAS PRÓXIMAS REUNIÕES. APENAS A REUNIÃO DA PRÓXIMA SEMANA JÁ ESTÁ COM O TEMA OK.

Abraços,

Fábio Pessoa
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Complemento: vamos ter também um encontro para uma sessão de cinema e uma ciranda de livros infantis, capitaneada por Giovana e Verônica  A partir da semana que vem, trocaremos livros infantis e em um dos últimos encontros faremos uma ciranda de conversa sobre eles.Quanto ao encontro da semana que vem, a ciranda de projetos, cada um falará um pouquinho sobre seus projetos, para que dai saiam os temas de discussão.
bjs
INEZ
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terça-feira, 7 de setembro de 2010

domingo, 22 de agosto de 2010

I SEMFEP

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO

I Seminário sobre Formação
em Exercício de Professores:
o a-con-tecer da/na
formação de professores

25 e 26 de agosto de 2010
INSCRIÇÃO GRÁTIS:
http://spreadsheets.google.com/viewform?formkey=dEt2NmFFVU1PU2NOYnA3ZVEyYS00RHc6MQ
 
PROGRAMAÇÃO

25 de agosto de 2010 (quarta-feira)
MANHÃ – Auditório II (térreo)
08h às 9h – Credenciamento
 9h – Abertura
Prof.a Drª. Celi Tafarel, Prof.a Drª Maria Inez Carvalho, Prof.a Drª. Maria Roseli Sá

10h30 as 12h30 – Relatos de Experiência/Grupo FEP – FACED/UFBA 

  • Memória (s) na Formação Docente - Fabrízia Pires de Oliveira (Ms em Educação)
  • Leituras e Escritas na Formação Docente - Ana Paula Moreira (Mestranda em Educação) 
  • -A Geografia do Lugar - Helmut Schwarzelmuller (Ms em Educação)
  •  -Educação no Campo – LEPEL/FACED

TARDE - Auditório I (1º andar)
 14h às 16h – Palestra
 Conhecimento e saber no currículo de formação de professores
 Professor Dr. Alfredo Veiga-Neto
 Mediação: Prof.a Drª Marcea Sales

   
16h 30– Atividade Cultural

  
26 de agosto de 2010 (quinta-feira)

  MANHÃ - FACED (sala Kiriri, sala 05 e sala de Ginástica)
 08h às 12h – Oficinas de Linguagens

  • -Conceitos geométricos no origami - Narciso Soares (Doutorando em Educação)
  • -Literatura infantil - Núbia Paiva (Mestranda em Educação)
  • -Experiência Fílmica e Práticas Educativas– Rosane Vieira (Doutoranda em Educação)

  11 h – Lançamento do livro/ Promoção: EDUFBA

  Currículo, formação & saberes profissionais: a revalorização epistemológica da experiência. Prof.as Maria Roseli Gomes Brito de Sá e Vera Lúcia Bueno Fartes (orgs)

  
 TARDE – FACED/UFBA

14h as 18h – Mesas Temáticas Simultâneas
 Epistemologia, linguagens e políticas na formação em exercício
 Abertura - Prof. Dr. Roberto Sidnei Alves Macedo (auditório 01)

-Mesa 01 - Políticas públicas na formação em exercício (auditório 1)
Questão disparadora: Quais os desafios que se impõem para a formação de professores em exercício na contemporaneidade?

 Prof.a Ms Mônica Torres

 Prof.a Ms Emanuela Dourado

 Coordenação: Prof.a Drª Maria Inez Carvalho

- Mesa 02 - Linguagens e formação em exercício. (sala 03)
 Questão disparadora: Em que medida a linguagem é estruturante dos/nos processos formativos de professores?

 Profª Drª Lícia Maria Freire Beltrão

  Prof. Dr. Nelson de Lucca Pretto

 Profª Drª Tânia Maria Hetkowski

 Coordenação: Prof. Drª Maria Antonieta Tourinho


-Mesa 03 - Bases epistemológicas para formação em exercício (sala 04)
 Questão disparadora: Romper com as bases epistemológicas clássicas no currículo de formação de professores significa abrir mão do rigor?

 Profª Drª Maria Inez Carvalho

 Prof. Dr. Elizeu Clementino de Souza

 Coordenação: Prof. Drª Maria Roseli Gomes Brito de Sá


Promoção: Grupo FEP/CNPq
Apoio; Faculdade de Educação/UFBA,
Pró Reitoria de Ações Afirmativas/UFBA,
EDUFBA e LDM



domingo, 20 de junho de 2010

Olá Fepeanos,


Rememorando os últimos acontecimentos do nosso grupo, lembramos que, apesar de não ter ocorrido a rinha entre Dewey X Gadamer (Rosane fica nos devendo essa...), tivemos uma apresentação do professor Mauricio Mogilka que nos agraciou, mais uma vez, com as idéias e a filosofia na perspectiva de Dewey. Já na semana seguinte, tivemos a última reunião do semestre 2010.1 na qual discutimos sobre o livro de Ítalo Calvino, Se um viajante numa noite de inverno. Discutiu-se também sobre a realização de encontros quinzenais do grupo durante o período de recesso, com a formação de um grupo de estudos (nosso ócio produtivo).
Agora, chegamos ao fim desse semestre e queremos agradecer a todos os colegas que puderam colaborar a produzir essa rede tecida de variadas e complexas discussões recheada de provocações e idéias apimentadas, tudo embalado por interessantes playlists que marcaram nossos encontros das quintas. Desejamos a todos bom arrasta pé e torcidas calorosas para a copa e aprovação do SEMFEP para voltarmos com tudo em 2010.2.



Até a próxima,



Grupo FEP

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Reunião do FEP 20/05/10 - Ata (Clique aqui para ver o texto de Monclar Valverde no Blog)

Na reunião do FEP do dia 20/05/10 foram discutidos dois textos: O fetiche da quantidade de Renato Mezan, sugerido por Paulinha e A mentira da cultura, de Monclar Valverde, texto sugerido por Clivio.


A reunião teve inicio depois de uma verdadeira querela com as caixas de som, que não funcionaram, fazendo com que usassemos o som do notebook mesmo. Foi a vez de Verônica tocar o PlayList. Ouvimos a música "Tudo" da banda mineira Pato fu, acompanhada por uma animação e também a música de marisa monte Apagaram Tudo

A discussão começou com o texto de Valverde, mas antes que esta fosse formalizada, Denise e Isis já discutiam políticas culturais, tombamento de manifestações imateriais e a cultura baiana na UTI; num diálogo paralelo rsrsrsrs...

Rosane achou que o problema apontado no texto era a espetacularização da cultura popular, Marcelo concordou e acrescentou que o que a elite elege como cultura logo é mercantilizado, é massificado para gerar lucro. Clívio apontou que, associado a esta espetacularização denunciada pelo autor, estava o "estancamento" das manifestações culturais em seus respectivos "lugares", desconsiderando a possibilidade de ascenção social e ampliação da participação no mercado de consumo. No entanto, Cívio questiona: será que existiu, na própria origem desses grupos culturais, a intenção de ascensão social?

Denise acreditava que o texto apontava para a descentralização de recursos promovida pelo governo Wagner, e o autor parecia estar desgostoso disso, falando de uma demonização da cultura de elite, que para ele é permanente, enquanto a popular é efêmera. Ora, ela lembrou, a cultura de elite é permanente porque ela é escolhida para ser preservada.

Rosane ao ouvir isso contrapôs essa afirmação, colocando que a política cultural do governo Wagner, para além da burocratização do acesso aos recursos destinados à cultura, criou o "fundo da cultura", facilitando o acesso às mais diversas manifestações que solicitassem apoio, sem precisar passar por um produtor, e etc. Termina exemplificando com o jazz, por exemplo, já foi muito marginalizado e hoje é idolatrado pela classe média dita culta. Clívio, então, retoma: "a cultura da elite, no meu entendimento do texto, se preserva, não por ter acesso mais fácil ao recurso nem por ser escolhida, mas porque trata as outras culturas com falsos aplausos e, contrapondo com Maturana, diz: "O Outro deve ser reconhecido como Legítimo Outro.”

Falou-se também da estagnação econômica das comunidades que preservam as suas manifestações. Elas são celebradas pelos discursos político, acadêmico e midíatico, contudo basta reinvindicarem outro tipo de participação (saúde, educação, trabalho) que logo são caladas pelo aparelho repressor dessa mesma sociedade que diz tê-las em alta conta.

Narciso aproveitou um momento mais calmo da reunião para introduzir a discussão do texto O fetiche da quantidade. Ele criticou os prazos e as cobranças exageradas de produção. Todos concordaram que os prazos são necessários, mas a obrigação de publicar muitos artigos leva a um comprometimento na qualidade do texto. Muitas vezes forçando o aluno a entrar em verdadeiras "cirandas" para aumentar seu número de publicações. Clívio, no entanto, diz que este discurso não pode ser adotado em sentido banal, levando aos estudandes a um imobilismo na produção, uma vez que, segundo ele, esta produção também se constitui num exercício de escrita da própria pesquisa. Diz, ainda, que as articulações entre membros de um mesmo grupo de pesquisa visando a publicação fortalece o mesmo, desde que não sejam articulações artificiais, de colocar nomes em artigos sem ter escrito e sem a mínima competência para tratar de tal assunto. Rose, rapidamente, diz: conheço muita gente que faz isso! Rsrsrs... Marcelo traz um exemplo de um professor que terminou o doutorado na década de 80 e nunca mais tinha publicado nenhum trabalho, mostrando os perigos de tal imobilismo na produção.

Concordamos em reunião que, às vezes, a pesquisa não está suficientemente amadurecida, mas o aluno publica um artigo bem escrito cheio de conjecturas. Estamos em pleno regime da quantidade, esperando que em breve a CAPES resolva analisar o conteúdo produzido pelos acadêmicos desse país, ao invés de se deter apenas em números, que muitas vezes não significam muito. Que deixe de ser quantis e passe a ser qualis, como aparentemente se propõe.

“Estranhos ensinamentos: Nietzsche-Deleuze” , ata 13/05/10 (Clique aqui para ver o texto)


Discussão do texto “Estranhos ensinamentos: Nietzsche-Deleuze”, de Mónica Cragnolini
Playlist: Paulinha porta-curtas: festival Anima mundi: REPETE
Narciso sugere livros de Nietzsche que está à venda nas bancas e o livro “O show do eu: a intimidade como espetáculo” de Paula Sibila.
Inez inicia a reunião perguntando se o texto tem relação com a temática da reunião passada sobre sujeito...que, no a-con-tecer da reunião, acabou ficando em aberto. Em seguida, Narciso indaga: Será que sou Dionísio ou Teseu?  Clivio relaciona o referido texto com a resenha do livro A Elegância do Ouriço, escrita por Inez, explicitando que, durante a leitura do texto, lembrava constantemente do título da resenha: “O sentido do não-sentido.” e menciona que nos entre-lugares também se aprende... Tuca provoca: Por que Estranhos ensinamentos? Inez continua: Mas o que é o estranho? É achar que não há sentido? É desprender-se para constituir-se?? É uma desconstrução para construção de um novo olhar? – E em meio a todos esses questionamentos, Inez continua: O que tem que fazer? É a desconstrução pela desconstrução? Ou tem-se que se olhar a desconstrução para se construir?
Paulinha continua as provocações: “O que é tornar-se o que é? Qual o professor ideal?” Esses questionamentos vieram acompanhados dos ideais de formação do Projeto Irecê. Que imagens e idéias de professores nós temos enquanto acompanhamos os percursos dos cursistas?
Inez: A literatura é recheada dessa coisa do ideal... ou finge não ter essa finalidade mas que, no fundo das aparências, torna-se evidente. Nestes casos, a teleologia (re)aparece... Na perspectiva do tornar-se o que se é, o ideal emerge no cotidiano e não como algo pré-pensado.
Paulinha destaca no texto o trecho “(...) ensina a desaprender todo ensinamento (...)” e Inez recorda de uma tirinha que conta a estória de um taxista chamado Ernesto, que era um fiasco. Ele dizia: “Mamãe sempre me ensinou a não dar carona a estranhos”, no sentido de que o taxista, de fato, nunca desaprendeu os ensinamentos maternos. Rsrs.. Narciso destaca outro excerto: “O difícil agora é perder-me (...)” e também menciona sobre uma disciplina da Faced da profª Mary Arapiraca chamada “O Riso no Currículo”, fazendo menção à importância do riso no lidar com o conhecimento, evitando dogmatizações e fardos; mas alerta que não sabia, por não estar cursando a disciplina, de que forma o riso estava sendo tratado na mesma.
Aqui se inicia um turbilhão de questionamentos provocados pelo texto, começando por Inez: Toda aprendizagem não tem um desaprender? Todo o aprendizado traz um desaprendizado... Silvana completa: ou traz um desapego daquilo que você achava que era certo. Narciso, por sua vez, acrescenta: É desconstruir os conceitos da escola...como muitos fazem quando se aprende matemática na academia... Inez: Mas o esquecer também não deve ser a total negação... Rose entra na jogada: Esquecer está no plano da opacidade... Inez faz um paralelo do ato de esquecer com a revolução ocorrida na educação, com a aproximação dos ideais construtivistas nas escolas, em meados dos anos 90. Narciso reproduz a fala de alguns cursistas: Então tudo que a gente aprendeu estava errado? Paulinha lança: Desaprender necessariamente é esquecer? Então, o que é desaprendizagem? Consideramos que, mesmo não tendo surgido na reunião, a citação abaixo, de Barthes (1997), pode nos ajudar na elucidação destes questionamentos, por isso finalizamos com ela:
"Há uma idade em que se ensina o que se sabe; mas vem em seguida  outra, em que se ensina o que não se sabe: isso se chama pesquisar. Vem talvez agora a idade de uma outra experiência, a de desaprender, de deixar trabalhar o remanejamento imprevisível que o esquecimento impõe à sedimentação dos saberes, das culturas, das crenças que atravessamos. Essa experiência tem, creio eu, um nome ilustre e fora de moda, que ousarei tomar aqui sem complexo, na própria encruzilhada de sua etimologia: Sapientia: nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível." (BARTHES, 1988, p.45)
Diante disso, Narciso questiona: Será que a teleologia continua? Inez responde: E muito mais forte do que se pode imaginar...
Acompanhem a Próxima reunião!! Discussão dos textos: A MENTIRA DA CULTURA - MONCLAR VALVERDE e o O fetiche de quantidade.
Referência da Citação:
BARTHES, ROLAND.  AULA: AULA INAUGURAL DA CADEIRA DE SEMIOLOGIA LITERÁRIA DO COLÉGIO DE FRANÇA pronunciada dia 7 de janeiro de 1977. Tradução e posfácio de LEYLA PERRONE-MOISÉS. São Paulo: Cultrix, 1988.

Desatando o nó: O SUJEITO, ata 06/05/10



 NÓ: O SUJEITO
Após o playlist de Gilmara ao som do new age de Enya e das sessões de massagens trocadas pelos colegas, voltamos discutir: houve rinha ou não? Segundo comentário de Inez enviado pela lista: “... vou ser voz discordante do grupo que defende que não houve a rinha. Se os discursos não são discordantes no conteúdo, eles são discordantes na ênfase...” Tuca complementa também em comentário virtual: “Mais uma vez não vou rinhar com Inez já que concordo sobre a diferença na ênfase...”. Já na presente reunião, Paulinha defende que a discussão caminhou na linha de pensamento igual, mas com algumas diferenças. Para Marcelo, “ambas pressupunham a existência do sujeito”. Inez nos traz alguns significados dos sujeitos extraídos do dicionário, cujo conceito inicial traduz o termo subalterno, o que diverge da idéia do sujeito “fazedor”. Do dicionário de Filosofia expôs: sujeito considerado enquanto alma solitária; sujeito e objeto; sujeito -objeto ; Com isso resumiu que sujeito é aquele que também se move, não é só o que dá a base. Em seguida, surgiram alguns questionamentos dos demais: Conversar com alguém é conversar com o sujeito? Os memoriais seriam sujeitos da pesquisa? Ou se constrói o sujeito no memorial? Memorial traz fala, mas e o sujeito? O que o faz sujeito da pesquisa? Qual o sujeito da pesquisa? Quem é o sujeito? E comentaram sobre sujeito instituinte e instituído. Inez explana pensamneto de Mafesolli que diz que “a forma é formante” e alguém complementou dizendo que “o sujeito é que se sujeita”. Tuca comenta sobre a nova história e com ela inaugura-se um período de investigação do micro, da curta duração, em contraposição à história econômica e política, cujas estruturas são de longa duração. O fenômeno é analisado a partir dessa guinada da história (história cultural), sem perder de vista a macroestrutura. Aí entra o sujeito, que como Tuca falou não é mais no plural "os estivadores”, mas "fulano de tal, o estivador".  Marcelo falou de Braudel, de sua analogia das lentes (a microscópica e a de aumento), que permite que o pesquisador se afaste e se aproxime de seu objeto. Tuca citou "O queijo e os vermes", pop dos pops da história cultural. Abre parênteses - Para quem não conhece ou leu há muito tempo, Ginzburg conta  as desventuras de Menocchio, moleiro do Friuli, região da Itália, que se vê em apuros graças as ideias que andava espalhando por aí. Ele cria uma cosmogonia própria ao dizer que "o mundo foi feito do mesmo modo como o queijo é feito do leite, e do qual surgem os vermes, e esses foram os anjos". Além de contestar os sacramentos, a virgindade de Maria, e as missas em latim. Tudo isso no sec XVI, tempo da Reforma protestante. A igreja estava às voltas com tanta contestação e heresias. Tudo se complicava mais quando um camponês as proferia. Quando suas idéias chegam aos ouvidos dos inquisitores, ele vai parar no Santo Tribunal e (graças a Deus, ou a igreja, como queiram) temos documentos suficientes para traçar o cenário do mundo em que ele viveu. Micro-história de alta qualidade -Fecha parênteses. Denise informa que queria discutir por que os sujeitos ganham peso nas ciências humanas a partir da segunda metade do século XX...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Se um viajante numa noite de inverno, de Ítalo Calvino

O livro escolhido, através de votação, para discussão de encerramento do semestre do grupo foi:

SE UM VIAJANTE NUMA NOITE DE INVERNO,
DE ÍTALO CALVINO




Então pessoal, vamos iniciar a leitura do mesmo e pontuar os temas para termos uma rica discussão em junho, ok

sábado, 1 de maio de 2010

A rinha que não foi, ata reunião 29/04/10

A reunião do FEP da última quinta feira foi marcada pelas falas concordantes de Tuca e Maria Inez. A princípio se pensou em uma exposição de pensamentos que gerariam uma discussão, mas o que se viu foi um silêncio da maioria dos participantes, que concordaram com a função e importância do sujeito nas teses acadêmicas.

Tuca iniciou a reunião expondo suas preferências quanto a programas de entrevistas e trabalhos acadêmicos que traziam o sujeito bem delineado, tornando o trabalho rico e mostrando a habilidade do entrevistador. Ela trouxe também um exemplo de filme "O fim e o princípio" de Eduardo Coutinho, que segundo ela, é o tipo de obra que deixa evidente o papel e a voz dos sujeitos.

Por fim Inez concordou com suas falas, mas deixou claro que não era esse tipo de sujeito que era visto na maioria dos trabalhos acadêmicos. Foi salientada a necessidade de se preparar o entrevistador para o encontro com seus informantes, de modo a não constrangê-los. Foi falado também da necessidade de se adequar a pesquisa aos dados encontrados, e não querer simplesmente separar o que interessa descartando o que contradiz a tese. Isso é ciência.
 
Houve alguns comentários sobre as cobranças de produtividade e prazos do mestrado e doutorado, que algumas vezes acabam podando os trabalhos, fazendo com que eles se tornem mera obrigação, cumprimento de tabela e aquisição de títulos.Apesar desses comentários, foi ponto pacífico a fala de Inez, que afirma ser esse um dos menores males que temos quanto a pesquisa acadêmica, e que o tempo gasto em sua execução não significa empenho e qualidade no produto final.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Defesa de Dissertação de Mestrado

Segue convite da nossa querida colega Fabrizia
para sua defesa de mestrado.
Sucesso Fá!

domingo, 28 de março de 2010

Desatando o nó: “Quando fiz dos sujeitos, objetos” - ata 25/03

Sob a voz e violão de José Domingos cantarolando as canções Cidadão, composição de Zé Geraldo, e Como uma onda no mar, de Lulu Santos, com o coro dos colegas , iniciamos mais um encontro do FEP. A pauta do dia era a discussão em torno do seguinte Nó: Quando fiz dos sujeitos, objetos, inquietação trazida por Verônica.
Inicialmente, a discussão ronda em torno do tema sobre biografia e narrativas biográficas, no qual Rosane explana sobre as suas experiências sobre narrativas fílmicas direcionadas para o “ser professor” e, mais precisamente, para o contexto do “ser cidadão tapiramutense”. Em seguida, Verônica fala de suas experiências na leitura de Memoriais, os quais foram os instrumentos para sua pesquisa de mestrado baseada na temática sobre experiências formativas. Com isso, a mesma desabafa quão difícil foi “encontrar” uma metodologia adequada para fazer tal análise, visto que, das inúmeras pesquisas feitas, foi muito complexo localizar referencial metodológico para o diagnóstico dos documentos. Outro nó encontrado foi o rigor da pesquisa. Com isso, ela optou em analisar trechos/ transcrições e excertos dos textos, algo que a mesma chama de Eixo de Análise, através de cortes das narrativas para um estudo mais minucioso e doloroso (palavras da pesquisadora) em prol do discernimento, dos olhos de quem pesquisa em detrimento do olhar de partícipe. Logo, a pesquisa requer um rigor bem definido para que não se deixe levar pela ideologia do investigador, o “tomar partido”. Para isso, foi preciso realizar uma investigação mais profunda, com leituras individuais de cada memorial, de acordo com o contexto de cada um, bem como, a história narrada de cada cursista, sendo extremamente cautelosa para não “quebrar” esta conjuntura. Outra dificuldade encontrada foi selecionar dentre os 38 memoriais, aqueles que seriam de fato os tidos como sujeito/objeto (?) da pesquisa e após diversos questionamentos, selecionou 12. Realizar essa análise minuciosa, para identificar e separar as reflexões das descrições em demasia encontradas em um memorial foi tarefa muito complexa, algo que a fez dialogar, e muitas vezes discutir, mentalmente com Morin.

Após o desabafo e da explanação do percurso investigativo de Verônica, Marcelo a questionou quanto à negação ao positivismo, mas que tinha certo pudor em fazê-lo.No entanto, a posição assumida por ela era de questionamento das bases do positivismo na melhor qualidade. Ele expôs a dificuldade em dar uma objetividade em algo que é tão subjetivo e acha difícil encontrar “o que está por trás”, pois o pesquisador só irá deparar-se com relatos, que são o próprio objeto, que por si só é manifesto subjetivo. Evidencia que existe todo um momento contextual para aquela escrita, naquele exato período. Pergunta-se então: será que só se estuda o que está sendo revelado? E o que não foi desvendado? Deve-se explicitar o velado? Como sugestão, pode-se indicar na pesquisa que houve “coisas” que foram eleitas, mas que não foram expostas.
Ao fazer uma comparação dessa discussão com a análise de relatos de dados históricos, Denise diz que na mesma ocorre a interpretação das informações de acordo com o contexto do acontecido fato. Com isso, Rose nos traz a importância da fenomenologia que é ver o fenômeno no seu acontecer, no escuro ou “opaco”. Existe uma verdade naquilo ali e outras vão sendo reveladas processualmente, algo que acontecerá sempre. Joselita expõe, diante da fala de Verônica, que não houve a quebra da investigação, pois a mesma já tinha sua finalidade e rigor definidos, mesmo a pesquisadora muitas vezes não sentindo-se completa nisso ou não o identificando. Silvana explana sobre a Análise de Discurso, que não ocorre a priori, mas sim, que a condição de produção de significado é algo mutável, citando os estudo de Foucault e Bathkin. Faz menção ao estudo do memorial como um gênero da linguagem, partindo do ponto da lingüística e da polissemia, relatando que o discurso é criado no meio social. Com isso, também faz a associação com a história quando se busca o contexto como condição de produção. Por mais que os gêneros sejam diferenciados, eles se interpenetram. Gilmara então levanta uma questão: A paranóia do pesquisador em querer revelar tudo, mas que não existe uma verdade absoluta, em que é inevitável não ser neutro, comentário este abraçado por todos da sala.
Rose então sugere que mais um nó seja desatado em outra reunião, onde a discussão paire na temática de análise de discurso e na área de lingüística, para uma melhor compreensão na analise do sujeito.

 Estiveram presentes: Verônica, Roseli, Rosane, Clivio, Isis, Denise, Gilmara, Joselita, Silvana, Ivana, José, Tuca, Marcelo e Jozimar. Encerramos a reunião com mais um playlist de José Domingos na canção Terceira lâmina de Zé Ramalho.

Lembremos que não teremos encontro na próxima quinta primeiro de abril (é verdade!) e que o próximo encontro será 08/04 com a discussão sobre o evento Seminário SEMFEP, até lá!

quarta-feira, 24 de março de 2010

A pouca realidade, Ferreira Gullar, ata reunião 18/03/10 -


A discussão do dia – e que discussão! - foi sobre o artigo “A pouca realidade” de Ferreira Gullar que teve como pano de fundo, slides das obras de arte mencionadas no texto, trazidos por Paulinha. Comentamos sobre a apreciação e o sentido da arte e principalmente a sua definição. Tuca nos traz que Gullar fala da arte defendendo o "belo", e nós, tentando ampliar a idéia de arte, lembramos de Feyerabend "tudo vale, mas não vale tudo". Marcelo diz que a arte é quem faz arte. Já Gilmara diz que o autor diferencia que é a reprodução da realidade, já que a arte é a representação e passa pelos dados simbólicos. Seria a realidade a partir do olhar do artista, pois, já passou pelo seu campo de observação. Paulinha incrementa dizendo que a percepção muda quando a realidade sai do seu cotidiano e vai para um lugar que a destaca. Então Geovana nos diz que é diferente devido ao tipo de linguagem utilizada e exemplifica ao mencionar que uma coisa é a seca do Nordeste, outra coisa é um documentário sobre ela.  Marcelo então provoca: publicidade é arte? E defende que não, porque não tem a intenção artística, só cunho comercial.  Tuca então ampara, seguidos por outros colegas da sala, que o merchandising pode ser arte sim. Logo surge outra provocação: E o artista que produz para vender é um artista menor?  Gilmara então lança um trocadilho: “artista plástico e artista de plástico!”. Em meio às discussões, alguém lança que o ineditismo vira arte devido à autenticidade. Tuca rebate: Depende do ponto de vista do espectador... Arte não precisa ser entendida- diz Geovana. Intencionalidade de fazer arte é expressá-la de outra forma? Gilmara: E a experiência estética que você vai ter daquilo?  Tuca: Tudo que me emociona/ me toca é arte pra mim. Alguém dispara: então, se tem fins mercadológicos, não é arte?   Marcelo então compara um cineasta com um produtor executivo de filmes e Gilmara cita as bordadeiras que muitas vezes tem um comprador de seu artesanato para revender mundo a fora. E surge outro questionamento: artesanato é arte? Narciso lança: o próprio nome já diz ARTEsanato! Ivana comenta de um texto que fala do artigo de Gullar e menciona a exposição das cartas de Sophie Calle (confira aqui
Além desses, inúmeros pontos foram discutidos como: ninguém pode definir o que é arte e o que não é; O artista faz arte para se expressar?; Quem é que define arte? ;  Onde a arte é mais arte? Na intenção do artista ou no efeito que ele provoca nas pessoas?  Por fim, muitos concordam que não é algo para ser racionalizado.
Para encerrar, tivemos o playlist com as músicas: Bienal de Zeca Baleiro – que retrata a temática da reunião – e Um índio de Caetano Veloso, sugeridas por Marcelo, que finalizou: sempre está ali, mas a diferença é quando alguém revela. 

Participaram da discussão: Tuca, Paulinha, Marcelo, Isis, Denise, Geovana, Narciso, Gilmara, Ivana, José, Silvana, Nubia, Joselita, Maiza, Ivan e Jozimar.    
Próximo encontro, 25/03, discutiremos o primeiro nó: “Quando fiz dos sujeitos, objetos” e teremos o playlist de José Domingos ao violão.
Até lá!    

  Confira abaixo as pinturas mencionadas no artigo de Gullar!

terça-feira, 23 de março de 2010

Defesa Dissertação de Mestrado

Repassando o convite de Verônica.
Desejamos uma  boa defesa e de antemão,
parabéns Mestra!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Primeira reunião anual, ata reunião 11/03/10

    Iniciamos nossa reunião de 2010 com a apresentação dos integrantes da equipe FEP, bem como, dos novos colegas que acompanharão nossos encontros semanais. Manifestamos nossas expectativas para as próximas discussões e fizemos o planejamento do cronograma das reuniões de linha. Inez inicia destacando a importância de um grupo ter, não somente a sua identidade, mas sim, segundo Maffesoli, as identificações em curso. Com isso, Marcelo elenca o valor da capacidade de registro de nossas discussões para termos um histórico das atas e textos, para pesquisas reincidentes e futuras investigações.   Retoma-se então, a criação do blog do grupo e um possível registro no moodle para expandir nossa socialização virtual, para além da lista de discussões.
              Além disso, outra forma de identidade da linha que foi discutida em 2009 foi a reunião de artigos dos membros com a criação da revista do FEP e um livro. Com isso, a equipe retoma esse projeto fazendo-se necessário uma revisão ortográfica (possivelmente para Rutildes) bem como, o envio de artigos daqueles que ainda não o fizeram.  Foi estipulado o prazo para envio até o dia 08/04/10 e o lançamento do Caderno temático na abertura do Seminário de Formação de Professores – SEMFEP- que tem previsão para primeira quinzena de agosto.
               Quanto aos encontros semanais, continuaremos todas as quintas das 14 às 16h e teremos, a cada semana, uma metodologia diferente como discussões teóricas de artigos (Inez sugere que os mesmos sejam curtos para que todos possam ler e participar); Rinha Acadêmica (serão 2 convidados: possivelmente alguém “de fora” e um membro da equipe que discursarão sobre determinado tema que gere discussões e idéias antagônicas -ou não- para apimentar ainda mais a rinha); Os “Nós” (sugerido por Marcelo para que os membros tragam seus “nós”, suas inquietações e complexidades surgidas  em suas pesquisas,  para serem desatados com a ajuda dos membros do FEP) e por fim, a Discussão sobre o SEMFEP (planejamento e organização do evento).
Seguem pautas dos próximos encontros:
(Playlist: Marcelo)
25/03: Nó: “Quando eu fiz dos sujeitos, objetos”
(Nó sugerido por Verônica)
01/04-SEMANA SANTA
08/04: Discussão do seminário
15/04: Rinha: INEZ X TUCA
Estiveram presentes: Paulinha, Inez, Rosane, Ivana, Maiza, Gilmaria, Ieda, Isis, Marcelo, Tuca, Verônica, Geovana, Claudia, José Domingos, Joselita, Maria Elizabete, Tania, Eliane, Isa e Jorge Val. Aos novos colegas, sejam bem-vindos!  
Enfim, desejamos um ótimo semestre recheado de muitas ideias e discussões enriquecedoras.  
Até o próximo encontro!

Equipe FEP

Programação e produções Fepeanas - Relato 01/10/09

Olá meu povo,

Hoje, sou o relator da nossa reunião! Se Rose estava preocupada em preservar a graciosidade de tal tarefa em nome de Renata, imaginem eu! Todo bruto! rsrsrs...

Vamos ao relato!

Na reunião de hoje, estava prevista a presença de Maurício Mogilka para saciar/alimentar nossas provocações a respeito das contribuições deweyanas sobre experiência. No entanto, o mesmo não pode comparecer, remarcando a sua presença para a próxima semana. Diante da situação, a partir das provocações feitas por Verônica, resolvemos discutir a organização do grupo FEP no que diz respeito à articulação entre os membros do grupo visando a produção.

Discutimos, primeiramente, sobre o site do grupo de pesquisa e ficou confirmado a apresentação dos esboços do site para o dia 15/10/09; responsáveis: Clívio, Ivana e Paulinha. Ainda sobre o site, o grupo firmou o compromisso de pesquisar e enviar links de variados grupos de pesquisas pra nos ajudar com o desenvolvimento dos esboços.

A equipe discutiu também sobre o livro " Formação e..." que foi (ou está) sendo organizado por Marcelo e Catarina e algumas dúvidas surgiram: Conteúdo do livro (se ainda existe espaço para artigos); Temática e etc. Sugerimos, então, que Marcelo disponibilizasse os artigos que já estão prontos para o livro na lista do grupo para nos mobilizarmos a respeito. Ainda sobre este assunto, surge a idéia do grupo assumir uma edição temática da revista da FACED, caso não tenhamos edital de publicação de livros.

Gilmara e Paulinha, tomadas pela animação das discussões (rsrs..), comentaram também sobre a possibilidade do grupo se mobilizar também para o evento em Portugal!!!

Rose Chegou!!! rsrsrs...

E já chegou alertando que o desenvolvimento e manutenção do site deve garantir visibilidade ao grupo de pesquisa. Propomos então, a princípio, colocar um link do site do grupo na página da FACED, para que as pessoas que visitarem a página do PPGE e suas linhas de pesquisa fossem encaminhadas à página do FEP.

Verônica vai ao quadro (depois de um dia de aula...Palavras da própria...rsrs...) e iniciamos a (re)organização do calendário para o final do semestre. (Re)organização, pois, concordamos que a dinâmica adotada não está funcionando muito bem. O calendário proposto ficou da seguinte forma:

08/10 - Maurício Mogilka

15/10 - Esboço do site do grupo de pesquisa (Clívio, Ivana e Paulinha); Posição de tuca sobre a revista da FACED (informações a respeito da publicação dos artigos do grupo); Painel temático sobre experiência (integrantes do grupo que trabalham com este tema em suas pesquisas).

22/10 - Apresentaremos a proposta de evento do grupo FEP; Apresentação de Projeto de Ieda.
29/10 - Experiência Estética em Jauss (Rosane)
05/11 - Apresentação de trabalho (Joselita) obs: Joselita ficou de confirmar...
12/11 - Apresentação de trabalho (Narciso)
19/11 - Apresentação de trabalho (O grupo sugeriu Marcea, mas ainda não confirmamos com ela)
26/11 - Apresentação de trabalho (O grupo sugeriu Marcelo, mas ainda não confirmamos com ele)
03/12 - Confraternização.

Para finalizar sem culpa de ter esquecido algo importante, Morin:

"Todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados e codificados pelos sentidos. Daí resultam, sabemos bem, os inúmeros erros de percepção que nos vêm dos nossos sentidos e dentre eles, o mais confiável, o da visão."

Beijos e abraços,

Clívio Pimentel Júnior

Experiência de Dewey - Ata 24/09/2009

Estiveram presentes hoje Tininha, Narciso, Paulinha, Fabio, Marcelo, Maiza, Vanessa, Roseli.

Muitas ausências, não? Quase todas justificadas, é bem verdade, mas apesar da qualidade de nossas discussões, sentimos falta de todas/os e chamamos pra pensar no andamento de nossos encontros.

Mas, vamos ao relato. Infelizmente nossa Renatinha não pôde vir hoje, então cuidei eu mesma de fazer isso, correndo o risco de não dar conta do recado de forma tão graciosa.

Continuamos a discutir experiência a partir do texto de Dewey. Fabio puxou as falas questionando a noção de estética e assim fomos puxando interessantes discussões, das quais vão aqui alguns achados:

Experiência é qdo se age e se torna consciente das conseqüências (?), é qdo algo te muda. Ao realizar o experimento, ele retribui sua ação

O sentido não está em mim nem nas coisas, mas na experiência.

Se contrário, fica na essência

Vc faz alguma coisa e essa coisa faz algo a você

Só tem experiência se for significativa, se não for será vivência

Experiência nos leva para o imponderável

Experiência pode ser intencional?

A busca por ela, sim

Ao interpretar a passagem da rolagem das pedras apresentada por Dewey, veio a idéia de que na formação ou no curso das experiências, pensa-se um “alvo” imóvel (seriam as intenções, os objetivos?), mas a experiência se constrói na movência, na errância.

Nesse ponto, Marcelo sugeriu a leitura do poema de Constantino Kabvafis, Ítaca e seguimos nossas discussões, tentando ter uma experiência!

Narciso ainda nos brindou com formulações da linguagem matemática, ou seja, traduziu matematicamente o pensamento de Dewey, para discutir conceitos de acumulação, imanência, experiência encontrados no texto.

Tininha declarou que o texto em estudo não está diretamente ligado a seu objeto de estudos, mas poderá proporcionar experiências.

Viram? Tivemos uma rica discussão. Tivemos experiências?

Marcelo vai entrar em contato com Marcelo Mogilka para agendar o encontro da próxima semana. Até lá. Lembrem-se que para nossos encontros buscamos a totalidade! Bjs. R

Hermenêutica e pesquisa em educação - Ata 07/08/09

Ao som de "Como nossos pais" interpretada por Elis Regina, Iêda iniciou o playlist seguido por "Mulheres de Atenas" de Chico Buarque, finalizando com "Faz parte do meu show" de Cazuza.
Roseli inicia a apresentação falando de Hermes, o Deus mensageiro alado, descobridor da linguagem e da escrita, decifrador e cifrador representando uma figura ambígua com o dom da transmutação, fazendo alusão a imagem de "Exu".
Segundo seu conceito, a hermenêutica seria a arte de interpretar o sentido das palavras, leis e textos, principalmente a decifração e organização dos textos de valor histórico e sagrados (bíblicos), sendo assim, uma doutrina da arte de compreender, segundo Gadamer.
Através da sua triplicidade semântica (dizer, explicar e interpretar) ela nos traz a compreensão em detrimento do esclarecimento e de explicações definitivas. Com isso, traz a vida para a ciência pois, torna-se base da ciência de espírito, o que não está no plano natural. Segundo Heidegger, é o resgate da humanidade, a interpretação como algo estruturante do ser humano, ou seja, interpretar para compreender. Após a explanação, surgiram as provocações seguidas das discussões: "O que é interpretar?"(Verônica); "A interpretação precede a compreensão?"(Tininha); "Pode haver compreensão sem interpretação?"(Márcea); "O mundo já é em si interpretação o tempo todo!"(Marcelo).
Em seguida, Rose nos mostra que a hermenêutica está sendo mais utilizada como uma metodologia, pois as Ciências Humanas passaram a incorporá-la mais. Mais do que isso, segundo Rosane, é uma epistemologia, pois nas palavras de Heidegger: "a hermenêutica é/ou deveria ser a própria filosofia", o q ue foi seguido com uma ratificação enfática de Rose: "Filosofia é fazer hermenêutica!" .
Vimos ainda que a hermenêutica está em toda parte, pois faz com que o sujeito se direcione para prática social para a busca da compreensão e a traga de volta a seu mundo. Com isso, temos a idéia de que estamos a todo momento interpretando coisas.
Com a entrada da Antropologia, houve o enriquecimento da hermenêutica, o que traduz nos dias de hoje uma encruzilhada, fazendo com que todos os caminhos das Ciências Humanas passem pela Antropologia, o que traz um constante debate com outras disciplinas. Logo, em qualquer pesquisa antropológica , há um enfoque hermenêutico. Segundo o próprio Hermes, "o patrono da Antropologia é o Exu".
Através da idéia de compreensão do mundo, vê-se que a hermenêutica não pode ser vista com um enfoque unidisciplinar, pois representa a idéia do ser humano para compreender a maneira pela qual compreende. Surge então um questionamento de Rose: "por que hermenêutica de um currículo?", trazendo à tona discussões sobre currículo, seu fenômeno e processo complexo, que envolve o olhar por óticas distintas percorrendo os caminhos da itinerância e errância, levando-o a compreender por diferentes sistemas de referências e apreendê-lo mais globalmente. Ocasionando assim, na leitura através de linguagens distintas.
Já que "mestre não é quem ensina, mas quem de repente aprende", concluímos portanto que a hermenêutica possibilita a compreensão não por esclarecimento, mas por caminhos tortuosos e até ambíguos, tal qual ratifica a sua triplicidade semântica.

Cinema e literatutra - Ata 04/06/09

Após ouvir diversas canções, estilos de música e sugerir melodias, o playlist desse encontro teve "o dedinho" de várias pessoas do grupo. Na verdade foi um verdadeiro mosaico musical até chegar à escolha, no qual ouvimos desde bandas nacionais até os clássicos de trilhas sonoras de filmes, mas.... a música escolhida foi a da banda tipicamente pernambucana "Cordel do Fogo Encantado". Com seus batuques de maracatus e repiques de tambores a música ecoava pela sala da reunião, nos quais ressoaram mais que a própria voz do cantor, José Paes de Lira, o Lirinha, fazendo menção ao lirismo declamado nos seus poemas em meio a sua cantoria. Tal escolha da banda não foi à toa, pois a mesma surgiu num cenário que mesclavam representações teatrais com os espetáculos musicais. Como nosso bate-papo versa sobre contexto cinematográfico e literário, nada melhor para esse playlist que a música "Anjos caídos (ou A construção do Caos)", trilha sonora do filme "Deus é brasileiro" de Cacá Diegues.

Decorrido o playlist, Fernanda e Renata iniciaram a apresentação falando um pouco sobre o projeto Permanacer e a temática desse encontro, voltado para o universo literário, com a escolha do livro "Os 100 melhores contos brasileiros do século" onde o autor, Ítalo Mariconi, reuniu uma seleção de obras-primas dos mais renomados autores de nossa literatura, como Cecília Meireles, Drumond, Machado de Assis, Monteiro Lobato, Lima Barreto, Graciliano Ramos, Raquel de Queiroz, Clarice Lispecto, Rubens Fonseca dentre outros gênios literários . Tais narrativas remontam épocas e temáticas diversas, desde contos rurais, urbanos, modernos e pós-modernos, nos trazendo inquietações capazes de emocionar e por que não? divertir em meio a narrativas violentas, bucólicas e nostálgicas.

As meninas expuseram suas visões sobre os contos, que focam mais o universo adulto, por conter temáticas como violência, preconceito e morte, e encontraram assim, certa dificuldade na escolha do conto para apresentação ao público infantil, que acontecerá em Irecê, mas se decidiram pela narrativa de "Por um pé de feijão", do autor Antônio Torres.

Inez nos conta sobre a metodologia do Gelit, onde os cursistas fazem a leitura e a narrativa de contos, e quão interessante é essa abordagem feita pelas meninas, através de representação cênica. Em seguida, Fernanda nos mostra um breve sobre a vida e carreira de João Silvério Trevisan, autor do conto escolhido para representação do dia, "Dois corpos que caem". Neste conto, as meninas fizeram a leitura de um diálogo entre dois caras que se encontram no exato momento em que decidiram se suicidar, em plena queda de um dos mais altos prédios do país, no centro de São Paulo. Após apresentação, Paulinha expôs um comentário, abraçado pelos demais que ali estavam, ao dizer que a encenação foi "simples, mas não simplória".

Em seguida, ouvimos um comentário sobre cinema e literatura de Júlio Pimentel, através da gravação de áudio pela Rádio Metrópole, seguidas das discussões do grupo acerca de crítica literária, a importância de se trocar idéias sobre isso, o que faz aumentar o repertório do dito crítico, hábitos de leitura, além da narrativa de contos; Outra questão levantada diz respeito ao não sufocamento da literatura por uma outra linguagem e que existem "n" maneiras de se representar e que a narração de contos é uma delas, o que não permite demasiada superioridade do teatro, pois a literatura tem suas características intrínsecas e marcantes, todavia é interessante e instigante para quem assiste, que o conto narrado apresente as variações de falas que sejam perceptíveis na voz que quem o faz, sem que para isso, a pessoa seja um exímio ator/atriz, mas que sobretudo "incorpore" naquele momento o que o personagem do conto transmite; Com isso, Verônica contou sobre a incerteza que a leitura de um conto comunica, pois acha complicado a sua dramatização, que já não é a mesma visão de criação do autor e sim de quem versa; Tininha complementa ao mencionar que "nosso corpo fala", principalmente quando um professor dá aula, o que norteia a comunicação, mas que também isso ocorre na literatura ao mencionar como exemplo Saramago, que ao escrever sem uma pontuação específica, tenta não induzir o leitor; Alguém acrescentou que ao narrar ou interpretar algo, é impossível você ser imparcial, já tem "um dedo seu ali"; Ísis reflete: "quando você está contando, já não pertence mais a você" e destaca a importância da linguagem oral. Com isso, Marcelo nos lembrou um programa apresentado por Paulo Autran onde este narrava diversos contos, logo representa diversos personagens, traçando assim um "link" com a dramaturgia, ao fazer uma chamada enfática no final, "vamos ao teatro!"; Iêda nos lança um testemunhal com trabalhos que realiza na sua cidade, com seus alunos intitulado "Saco de leitura" e que a atividade ameniza a ausência de uma biblioteca no local, além de incentivar o hábito de leitura através de rodízios de livros entre os alunos. Inez lembrou com isso, que a grande intenção do Gelit é fazer com que os alunos e cursistas se tornem leitores mais assíduos desses gêneros literários, em especial o conto.

Lembrando que na próxima quinta será feriado, então, até o próximo encontro dia 18/06 sobre a obra "A elegância do ouriço" com Inez.

Abçs,

Ivana

Multirreferencialidade: convergências e possibilidades - Ata da reunião 30/04/09

A reunião iniciou com o playlist feito por Marcelo que nos apresentou três músicas: uma de Cartola que fazia referência a imanência, em seguida tocou uma canção de Caetano, Índio, na qual aborda sobre a construção do ser humano, que, segundo Marcelo, está em um dos últimos versos da música. E por fim, ouvimos Metáfora na voz de Gil, que faz menção a poesia e a ciência.
Após o playlist, Gilmara, através de slides, deu início a exposição sobre a temática de Multirreferencialidade. “A fragmentação do conhecimento em disciplina, não dá conta da compreensão mais abrangente do homem” com essa citação, ela comentou sobre a excessiva fragmentação e compartimentalização do ensino. Dessa forma, surgem como propostas de superação dos atuais currículos, tantos nas escolas quanto das IES, a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. Ao falar da primeira, temos o conhecimento como algo inesgotável, que, na interação de um campo do conhecimento com o outro, ocorre a produção de novos saberes, o que fomenta e incita a abertura de diálogo. E na segunda, citamos Morin, “A idéia de que o conhecimento é limitado não passa de uma idéia limitada. A idéia de que o conhecimento é limitado tem conseqüências ilimitadas.” Assim, todo saber é válido, sem limites ou fronteiras, logo, a discussão emergiu com as crescentes provocações acerca da infinitude do conhecimento e como foi comentado no bate-papo “novos saberes batem á porta”.
Com isso, Marcea nos lembra o comercial da TIM, com o famoso slogan - Viver sem fronteiras – Porém, foi subitamente interrompida por Roseli, que desabafou: “A fronteira da TIM é em Tapiramutá!” rsrs.
Portanto, as propostas de superação de arcaicos (?), estanques e fragmentados currículos pela transdiciplinaridade e multirreferencialidade propõe um diálogo entre os diversos campos do saber.


Até a próxima reunião no dia 07/05 com Roseli e o tema hermenêutica.

EMERGÊNCIA- Ata da reunião de 23/04/09

Vamos emergir!!!

Com essa chamada, Inez deu início a nossa reunião....
O bate-papo se iniciou com a temática que teve como base o livro de Steven Johnson Emergência. Em entrevista ao jornal Folha, Johnson explica o seu conceito: Emergência é o que acontece quando várias entidades independentes de baixo nível conseguem criar uma organização de alto nível sem ter estratégia ou autoridade centralizada. Você pode perceber esse comportamento em várias escalas: na forma como colônias de formigas lidam com o complexo gerenciamento de tarefas sem que haja uma única formiga no comando ou na forma como bairros se formam sem um planejador urbano;
Em continuidade ao tema de Imanência, Inez trouxe à tona a questão do sujeito, através da citação de Foucault para reflexão "... alguns conflitos ideológicos que animam a polêmica atual opõem os fiéis descendentes do tempo aos decididos habitantes do espaço". Com isso, discutimos sobre o sujeito "descendente de um tempo" com alusão a TRANSCEDÊNCIA e o sujeito "habitante do espaço" fazendo menção ao processo de IMANÊNCIA. Em seguida, surgiu a pergunta: quem somos nos? Estamos mais voltados para essa linearidade dos acontecimentos planejados ou quem sabe realizamos atividades simples inconscientemente? Focamos o tempo pré-existente, o tempo presente ou um tempo futuro? Temos sempre a felicidade projetada como algo que está sempre "lá", e quando este "lá" é atingido, ocorre outra projeção futura, em busca de outra conquista. Essa relação tempoXespaço envolve o tempo como idéia de movimento e espaço como algo local, esse tempo cíclico pode ser negado nos tempos da modernidade, todavia nos é remetido no âmbito das datas tradicionais (São João, Páscoa...), é a vida vivida escolar.
Mas, qual a escola que queremos? Com essa pergunta, a discussão relacionou-se aos discursos pedagógicos e qual o real sentido da escola. Mesmo assim, muitos concordaram que estamos impregnados com essas teorias, todavia quando estas não são desse âmago e ocorre à quebra desses paradigmas, as pessoas ficam desnorteadas e descrentes. "O problema não é a contradição, o problema é a inconsistência" (Terezinha Froes), pois, ser inconsistente não é a aniquilar com sua posição, mas saber desconstruir ou reconstruir com assuntos coerentes. Sejamos mais críticos então, traçando os fios da rede da complexidade, em detrimento da previsibilidade linear, como defendem Foucault e Nietzche quando condenam a historicidade das coisas. O que aparenta é que perde-se o sentido de causa e efeito, tão comum entre as pessoas, mas isso só ocorre na teoria, pois não basta levantar causas para atender a demanda e alimentar a quantidade, deve-se trazer a complexidade no sentido neo-positivista, pois quando se mistura na rede, já torna-se o outro. Inez faz uma alusão a infinitude de Aleph no conto de Borges, ao mencionar que, de qualquer ângulo, podem-se ver todos os espaços na idéia de que tudo sempre está presente e que cada um tem visões diferentes das coisas, pois tudo está em tudo, formando um nó na rede. Esse bate-papo fomentou as percepções de cada um sobre a ótica de causa e efeito, o que trouxe para discussão a temática de Marx com as questões: -O trabalho modifica a sociedade?(Roseli); -Vivemos dos efeitos do passado (Marcelo); - Quando entra a dialética nisso?(Tuca) A dialética marxista é transcendental? (Luiza); --nessa, todos concordam!
Em seguida, todos leram um excerto do livro "Cidades invisíveis" de Ítalo Calvino, que narra contos e metáforas sobre cidades que recebem nomes de mulheres e a cidade escolhida foi Berenice. Nessa discussão, vimos que as coisas estão num quadro singular que muitas vezes não tem condição de se repetir, mas quando isso acontece, é sinal que elas emergem, não pela questão de causa e efeito, mas porque estão na rede e fugiu ao controle, logo, o que emerge é caótico, que ocorre não de forma precipitada (pré-existente), mas de maneira emergencial (formação) e essas atualizações trazem novas virtualizações e/ou concretidudes, tal qual a organização num formigueiro descrita por Johnson. Para finalizar, Inez comentou sobre a Pedagogia do A-CON-TECER, que tem a idéia de aproximar e entrelaçar o contemporâneo no processo de ensino-aprendizagem e citou a obra "Fim da modernidade" de Vattimo, relacionada a uma autonomia mais contida como se fosse uma ontologia fraca ou ainda fracamente novo. Enfim, não é somente a educação voltada para a formação do trabalhador e cidadão, mas, sobretudo, tornar-se gente. No encerramento, tivemos um playlist com Narciso ao violão embalando as canções Aquarela (Toquinho) e Segundo Sol (Nando Reis).

Até o próximo encontro,30/04
com Gilmara e o tema:Multirreferencialidade
abçs,
Ivana

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